Fazer a famosa limpa no guarda-roupa é um processo importante na consultoria de imagem – e há quem defenda que serve para a vida como um todo também. Primeiro pela questão de saber o que realmente temos em casa. Depois, porque, com aquilo que não usamos, não gostamos ou temos em excesso, podemos ajudar alguém que realmente precise.
Existe também um outro ponto de vista: a circulação. De energia, de vitalidade. Tirar aquilo que empaca, atrasa, incomoda, para ceder lugar ao novo. Bons ventos sempre chegam, mas eles precisam de um espaço para se acomodar, afinal. Trata-se de um exercício de deixar para trás aquilo que não nos leva para frente.
Aqui vão 08 perguntas simples (de respostas talvez não tão simples) para te ajudar nesse processo de limpeza e organização:
* A matéria foi originalmente publicada no Apartment Therapy – aliás, para quem gosta de assuntos relacionados à decoração e à organização, esse é um daqueles blogs que fazem com que a gente até esqueça o mundo lá fora, rs.
1. Isso ainda me serve?
Não importa se a peça está pequena ou grande. Se ela não cabe no seu corpo, não há porque deixá-la guardada. Você pode até ter planos de voltar àquele manequim um dia, mas, quando isso acontecer, você também estará diferente para além da aparência. Nossos momentos de vida implicam diretamente em nossas escolhas. Se não te serve mais, deixe ir.
2. Eu realmente visto isso?
Sei que, por vezes, guardamos peças queridas, seja pelo significado emocional, seja por a acharmos muito bonita. Porém, nenhum dos casos leva ao real uso da roupa em questão, certo? Ela fica lá por anos e anos, e nós nem lembramos que a temos em casa. Talvez porque a peça não faça nosso estilo ou seja para ocasiões mega específicas e raras. Se há algo assim por aí: doe!
3. Com que frequência usarei isso?
Imagine só: você tem um casaco todo forrado por dentro (ou seja, bem quente) repleto de paetês rosa escuro (chamativo) e, ainda por cima, bordado. Muito provavelmente, o uso dessa peça é bem raro. Vale a pena mantê-lo no armário? Ou você poderia investir em peças mais combináveis entre si com acessórios diferentes e únicos? É uma escolha a se fazer, sempre tendo em mente que, enquanto o espaço estiver sendo ocupado pelo casaco, não poderá ser ocupado por nenhuma outra peça. É Lei de Newton pura.
4. Eu realmente levarei essa peça para o ajuste?
Todas nós temos roupas que precisam de um pequeno ajuste. Seja fazer a barra, apertar um pouquinho, fazer pence, diminuir a alça… Enfim, uma coisinha aqui e outra lá. A questão é: iremos levá-la para o conserto? Ou ela ficará numa sacola em cima da mesa de jantar pra sempre? rs.
Se você acha que há maior probabilidade do segundo caso acontecer, passe para frente. Caso opte por ficar com a peça, estabeleça um prazo limite para que elas estejam ajustadas!
5. Tenho outras peças que combinem com essa em específico?
Voltamos à questão lá de cima. Uma peça muito específica pode não ser a melhor pedida para um guarda-roupa funcional e sustentável. Há, então, duas opções: investir em roupas que combinem com ela ou colocá-la na caixa de doações também.
6. O cuidado com essa peça de roupa cabe na minha rotina?
Existem tecidos que precisam de um super cuidado. Velocidade de lavagem, local de exposição para secagem, temperatura do ferro, maneira de manuseio. Por mais que não soe como uma preocupação primária, esses fatores são super importantes: é isso que garante durabilidade e uma boa aparência à peça.
Se você tem uma rotina super corrida e um estilo de vida mais prático, talvez peças assim não sejam a melhor opção. Vale tomar cuidado com isso na hora de decidir se elas ficarão ou não no armário.
7. Como eu me sinto ao vestir isso?
Acredito que essa seja a pergunta principal dentre todas as outras. Não importa se é bonito, se está na moda ou qualquer outra questão-pseudo-essencial se você não se sente você mesma quando usa tal roupa.
Sabe aquela sensação de estar engessada dentro de si própria? Isso é tudo que nós NÃO devemos ter. Se você não se sente feliz e confiante, passe a peça para frente! Pode acreditar que alguém fará bom proveito.
8. O que eu gostaria de ter?
Depois da limpeza, vem a parte gostosa: conseguir olhar tudo o que você tem (e usa e gosta) e definir quais são as compras necessárias. Faça uma listinha considerando todos os fatores acima: estilo de vida, tipo de corpo, cartela de cores, preferências pessoais… E boas compras – conscientes, é claro!
Se você precisa de uma ajudinha em quaisquer etapas que aqui foram citadas, não deixe de entrar em contato!