Na semana passada, perdemos a icônica Iris Apfel. Com notáveis 102 anos de idade, seu impacto continua vivo, especialmente entre aqueles que, como nós, gostam de estilo.
Para mim, Iris sempre foi mais do que uma designer de interiores, empresária ou estilista renomada. Ela personificava um verdadeiro ícone, uma fonte de inspiração ao longo dos anos, inclusive no meu curso “DNA de Estilo“. Em minhas aulas, nunca usei sua imagem como um exemplo específico de estilo, mas mas sim como inspiração de vida. Porque ela entendia de autenticidade, que é a origem de um estilo verdadeiro.
No entanto, ao refletir sobre sua partida, percebo algo estranho sobre o momento que vivemos. Enquanto lamentamos a perda da irreverência de Iris, no Instagram também somos confrontados com uma enxurrada de posts promovendo uma espécie de patrulha da elegância. Quantos consultores ainda estão ditando regras sobre o que é ou não é elegante, o que tem “cara de rica” e do que pode ou não pode ser usado?
Eu acredito na importância de compreender o contexto e se vestir de acordo com a situação (afinal, não dá para ir de biquíni à igreja), e reconhecer o poder da comunicação pessoal através da nossa roupa. No entanto, não me sinto no direito de julgar as escolhas alheias.
Como consultora de estilo, meu objetivo é celebrar a vida da mesma forma que Iris fazia: com alegria, liberdade e autenticidade. Essa, para mim, é a verdadeira homenagem ao legado que ela nos deixou.